O romance histórico
LITERATURAGÊNEROS LITERÁRIOS
George Lucas Casagrande
7/15/20251 min read
É a ação que se passa durante um período histórico, embora o narrador faça seu relato décadas ou até séculos depois. O romance histórico exige uma intensa reconstituição da mentalidade, dos costumes e, por vezes, até da linguagem do período retratado. O narrador, por meio dos elementos da narrativa, revela os reflexos de determinada época da história.
Com personagens reais ou fictícios, o romance histórico exige um mínimo de fidelidade ao contexto representado. No entanto, tende a ser mais fiel às convenções da arte do que às da própria historiografia. É fácil apontar exemplos de romances históricos: Guerra e paz (1869), de Liev Tolstói, ou A guerra do fim do mundo (1981), de Mario Vargas Llosa. No Brasil, temos obras consagradas como Guerra dos Mascates (1873), de José de Alencar, e Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa.
Um dos primeiros autores a desenvolver esse tipo de romance foi Walter Scott, cuja obra teve início com Waverley (1814). Em defesa do romance histórico, Scott declarou:
“Os conteúdos da história são acessíveis a todos, e não são esgotados ou empobrecidos pelas partes que lhe são pegas emprestadas, assim como uma fonte não é drenada de água quando subtraímos uma parte dela para propósitos domésticos.”
No cinema, dada a riqueza de possibilidades narrativas e estéticas, encontramos inúmeros exemplos de filmes com ambientação histórica. Entre os mais representativos, e também alguns dos meus favoritos, estão Maria Antonieta (2006), dirigido por Sofia Coppola; O processo da Revolução (1982), de Ettore Scola; Lincoln (2012), dirigido por Steven Spielberg; e o clássico ...E o vento levou (1939), dirigido por Victor Fleming.