O romance de ficção científica

LITERATURAGÊNEROS LITERÁRIOS

George Lucas Casagrande

7/15/20252 min read

Os romances de ficção científica lidam com temas que envolvem tecnologia, ciência, viagens no espaço e as maneiras como essas transformações podem afetar a sociedade. É um subgênero que ganhou grande popularidade no final do século XIX e início do século XX, período marcado por incertezas e um crescente pessimismo em relação ao futuro da humanidade.

Dentro da ficção científica, um dos subtemas mais populares é a distopia: narrativas que abordam as consequências da guerra nuclear, de desastres ambientais ou do controle social extremo. Esses enredos formam o repertório básico de muitas dessas obras (leia meu artigo sobre o tema na aba “Artigos”). Viagens interplanetárias, guerras entre grandes potências e a ascensão de sistemas econômicos contraditórios são exemplos de temas centrais desse tipo de romance, no qual ciência e tecnologia desempenham papel fundamental. Como o próprio nome sugere, as descobertas científicas são a base estrutural da narrativa.

Trecho do meu artigo sobre distopias:

“Contudo, foi o século XX que nos brindou com os maiores clássicos desse gênero. Elementos como o controle absoluto, a opressão estatal e a alienação do indivíduo iam aparecer em obras mais sofisticadas, como 1984 (1949), de George Orwell; Laranja mecânica (1962), de Anthony Burgess; e Admirável mundo novo (1932), de Aldous Huxley. A distopia não só consolidou seu espaço na literatura como também conquistou, e ainda conquista, leitores de diversos perfis: desde jovens entusiasmados com os dilemas do mundo até adultos com pouca familiaridade literária. Ou seja, essas obras influenciam a cultura de massa de forma curiosa e transformadora.”

O escritor francês Jules Verne é considerado um dos precursores da ficção científica, tendo escrito diversas histórias com base em avanços científicos e projeções tecnológicas, como Viagem ao centro da Terra (1864) e Da Terra à Lua (1865). Outro nome fundamental é H.G. Wells, autor de A máquina do tempo (1895) e A guerra dos mundos (1898). Autores como George Orwell, Aldous Huxley e Arthur C. Clarke também se destacam com obras que marcaram profundamente o gênero.

No cinema, devido aos avanços tecnológicos, a ficção científica tornou-se um campo fértil para produções de grande impacto visual e conceitual. Diretores contemporâneos como Christopher Nolan (Interestelar, 2014) e Steven Spielberg (A.I. – Inteligência Artificial, 2001; Minority Report, 2002) realizaram filmes icônicos que dialogam diretamente com os temas e estéticas desse subgênero.