O romance de aventuras

LITERATURAGÊNEROS LITERÁRIOS

George Lucas Casagrande

7/15/20251 min read

Superar obstáculos em cenários eletrizantes, com muita tensão, perigos e suspense: essa é a receita do romance de aventura. Um herói ou heroína é convocado para uma jornada que o desafia e o obriga a partir rumo ao desconhecido. Viagens e cenários exóticos fazem parte desse subgênero. O romance de aventura começou a se consolidar quando os impérios coloniais estavam em ascensão, assim como a conquista do Oeste nos Estados Unidos. Ora, um mundo desconhecido a ser explorado, existe cenário melhor para um herói viver perigos e superar obstáculos?

O seu protótipo está na Antiguidade clássica: trata-se da Odisseia, de Homero, narrativa sobre as peripécias de retorno ao lar de Ulisses, herói de Troia, que viaja por longos dez anos, enfrentando inúmeros perigos até reencontrar seu destino final. O escritor Robert Louis Stevenson descreve o gênero com precisão:

“Os personagens devem ter apenas um registro de qualidade: o guerreiro, o formidável. Na medida em que parecem insidiosos no engano e fatais no combate, serviram bem ao seu propósito. O perigo é a essência desse tipo de romance; o medo, a paixão de que ele zomba. E os personagens são desenhados apenas com o único propósito de transmitir a sensação de perigo e provocar a atração do medo.”

Entre as obras mais conhecidas do gênero, destacam-se As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, e Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. No cinema, o romance de aventura também é amplamente explorado, especialmente em grandes produções (blockbusters), como Indiana Jones, e muitos outros.